quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Chuvas em Moçambique

2015 tem sido um ano de chuvas castigantes em Moçambique: rios transbordantes, pontes destruídas, casas destelhadas e enxurradas levando machambas embora...

Cidades inteiras estão sem energia elétrica a quase um mês, você se imagina vivendo assim?

Famílias missionárias brasileiras estão firmemente ultrapassando essas dificuldades por amor àquele povo e em prol da transformação daquela nação. Orem por eles:

  • Uri e Arlete
  • Paulo César e Rebeca
  • Marcelo e Adriana Marins
  • Junior e Georgia
  • Sara e Rafael 
  • André e Dulce
  • Regina e Wilton
  • Ida e Victor Capela
  • Fabrício e Tábata
  • Família Xisto e muitos outros...
Faça parte dessa História!





segunda-feira, 3 de março de 2014



Mega Quadros de BATIK (pintura africana com tinta artesanal).
Tamanho 1,60 x 1,20
R$  600,


Trabalhos artesanais com renda destinada a Missões. Aprecie, compre e abençoe:



Velas decorativas (R$ 80,) e vasos em vidro reciclável (R$ 30,)


terça-feira, 19 de novembro de 2013

Caixas Organizadoras

Entregamos a domicílio em BH. Em outras localidades, inclui despesas postais.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Retratos da Ilha de Moçambique










Recebi este texto, da missionária Edi Brandão.
Ele não se aplica à minha igreja ou qualquer um de meus amigos e mantenedores. Mas, como a palavra de advertência nos serve não só para nos corrigir mas também para nos previnir, resolvi copiá-lo aqui.
_______________________________
Eis aqui algumas maneiras práticas de como matar um missionário:

1. Comece deixando de orar por ele.

2. Na igreja, passe a plantar fofocas e intrigas, a respeito dele, assim cada um se preocuprará com banalidades e se esquecerá da obra a ser realizada.

3. Se você for pastor, jamais pregue a respeito de missões, afinal esta responsabilidade não é sua.

4. Sinta muita vontade de escrever, mas nunca escreva, afinal, você "não sabe" e "não tem tempo".

5. Se, por acaso, não resistir a tentação de escrever, escreva, mas sempre cobrando dele alguma coisa, por exemplo: quantas almas ganhou?

6. Esqueça datas importantes, como o aniversário dele, da esposa e dos filhos.

7. Nunca demonstre seu amor por ele.

8. Nunca envie uma mensagem de ânimo, afinal todo missionário é um "super crente"e, portanto, não precisa dessas coisas.

9.  Mantenha o seguinte pensamento: todo missionário precisa passar fome para atingir o "êxtase espiritual" como se ele fosse um gurtu indiano.

10. Pare imediatamente de contribuir financeiramente; você já ouviu a expressão "o missionário vive pela fé"?

(Anônimo)

sexta-feira, 30 de março de 2012

Senhor, aumente a nossa fé

As orações subiram e o socorro de Deus e o Seu renovo desceram até nós. Depois de uma série de ataques na área da saúde, estamos bem melhores!

Em gratidão e honra à Aquele que nos chamou, quero deixar um trecho de uma carta encontrada no escritório de um jovem pastor do Zimbábue, país vizinho a Moçambique, depois de seu martírio pela fé em Cristo. E que Deus nos ajude a viver estas palavras:

"A sorte foi lançada. Ultrapassei a linha. A decisão foi tomada - sou discípulo dele. 
Não olharei para trás, não darei trégua, não diminuirei o ritmo, não retrocederei e não ficarei parado.
Meu passado está redimido, meu presente faz sentido, meu futuro está assegurado.
Não aguento mais vida medíocre, andar pela visão, joelhos macios, sonhos sem cor, conversa mundana, doação barata e alvos minimizados.
... vivo agora pela fé, reclino-me em sua presença... meu alvo é o céu, meu caminho é estreito, minha estrada acidentada, meus companheiros são poucos, meu Guia confiável, minha missão clara. Não hesitarei na presença do inimigo... Sou discípulo de Jesus. Devo ir em frente até que Ele venha, doar-me até esgotar-me as forças, pregar tudo que sei, e trabalhar até que Ele me detenha.
E, quando Ele vier, por si mesmo, não terá problema em me reconhecer (...) minha bandeira estará clara."

Senhor, aumente a nossa fé!

Eliz

domingo, 25 de março de 2012

Filhos da Lua – albinismo em África, a face branca do preconceito.

 

Vez ou outra ela está lá. Uma garota branca, bem branquinha, a pedir esmolas no farol entre a Av. Julius Nyerere e Av. 24 de Julho. E a gente se cobre de um sentimento de impotência. O sol, o grande vilão, queima e mancha a pele da garota. Mas ele se torna um coadjuvante, perto do maior vilão de todos, o preconceito. Um dos temas que nunca imaginei abordar nos chama atenção diariamente aqui em Maputo, o albinismo.
Filhos da Lua - Albinos em Moçambique
Já vi muitos albinos aqui em Moçambique, mas infelizmente nenhum em uma posição privilegiada na sociedade, sempre em trabalhos inferiores, isso quando conseguem trabalho. Pensando neste assunto, hoje conhecemos um pouco do belíssimo trabalho do casal de fotógrafos Solange dos Santos (moçambicana) e Dominique Andereggen (suéco) e da Adods – “Associação defendendo os nossos direitos”, uma organização moçambicana sem fins lucrativos, que visa garantir que os direitos das pessoas portadoras do albinismo sejam salvaguardados. Os fotógrafos, moraram na Tanzânia e souberam de tantas crueldades que sentiram a necessidade de fazer um trabalho revelador sobre estas pessoas quando vieram morar em Moçambique. Assim, em parceria com a Adods, nasceu o livro e a exposição fotográfica: “Filhos da lua” (um dos modos de se referir à pessoas albinas), moçambicanos albinos. Assista aqui o depoimento de alguns participantes da exposição.
Uma parte do trabalho da Adods, consiste em uma doação financeira mensal e você se torna “Padrinho” de uma pessoa com albinismo aqui de Moçambique. “Padrinho” e “Afilhado” se conhecem, e o padrinho pode acompanhar de perto a educação e assistência médica do afilhado. Eu não imaginava que aqui em Maputo existisse um movimento assim. Fiquei muito feliz por conhecer!
Para quem não está aqui, seguem trechos do livro e algumas fotos da exposição “Filhos da Lua”:
“Tudo começou no leste da África há alguns anos atrás, quando vivíamos na Tanzânia, indiscutivelmente o pior lugar do mundo para nascer com albinismo. O país tem uma das maiores populações de albinos do mundo e eles estão sendo perseguidos pela sua pele branca. É um lugar onde ser albino é quase uma sentença de morte. A notícia dosassassinatos macabros, mutilações e sofrimento dessas pessoas bonitas deixou uma impressão muito forte em nós“.
“É uma maldição nascer albino na África Equatorial. Eles estão sob ameaça do câncer de pele e, por isso, raramente vivem para além dos 40 anos de idade. Além disso,a perseguição de pessoas com albinismo é baseada na crença de que partes de seus corpos transmitem poderes mágicos. Esta superstição está presente em algumas partes de África. As pessoas são condenadas ao ostracismo por causa do seu tom de pele. Elas são confrontadas com a discriminação, caçadas como animais e brutalmente atacadas tendo os seus membros decepados (braços, pernas, órgãos genitais) para serem vendidos no mercado negro para rituais de feitiçaria“.
Consegue imaginar isso? Em meio a iPads, cosméticos revolucionários, etc, o ser humanos ainda não conseguiu o básico, conviver com ele mesmo.Tocante, não? De acordo com a Adoods, a exposição acontece todos os dias, das 09h as 20h na Fortaleza (em frente a Feira do Pau, na Baixa da cidade) até 31 de Março (foi prorrogada) e é de borla (gratuita). A Adods também precisa de auxílio e voluntários e fica na Av. Salvador Alende, 560 (+258 827235990 / 845301852), anaela2003@yahoo.com.br.
Sâmela Silva, direto de Maputo, Moçambique.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Deus na Cultura Macua

   (Detalhe: no pescoço dessa mãe que amamenta, um patuá de "proteção contra doenças")

A vida é um valor absoluto, cujo fundamento está em Deus. Para os macuas, negar que Deus existe é o mesmo que negar a própria vida. A esfera religiosa abarca tudo o que existe na natureza. O universo é povoado por seres materiais e espirituais, tudo formando uma só coisa.

Acreditam que Muluku (Deus) é um só, criador de todas as coisas, dono de tudo e senhor da humanidade. Segundo um provérbio popular, Deus chama os homens anaka (meus filhos). No entanto Ele está muito longe da humanidade, num lugar sublime, por isso, usa-se os intermediários, os espíritos dos antepassados mortos, para alcançar benefícios espirituais e materiais: fertilidade, boa colheita, dinheiro, cura das doenças, proteção, etc.


               (Tatuagem facial: marcas tribais de consagração aos espíritos dos antepassados). 
O que Muluku quer é o bem das suas criaturas. Por isso, o homem tem de se preocupar mais com os maus espíritos e com os inimigos, fazendo tudo para se defender deles: oferendas, rituais, celebração aos mortos, consagração dos filhos, pactos e orgias sexuais.

( Amuletos  de proteção são amarrados no pescoço da criança e não pode ser removidos, deve apodrecer e cair por si só. Senão os supostos "espíritos protetores" se afastam da criança e ela morre).



terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Macua, um povo que guarda segredos


Os Macuas são a tribo predominante na região onde trabalhamos. Constituem a mais numerosa etnia de Moçambique, mas também a menos conhecida, a mais dividida e, provavelmente, a mais dificil de avaliar no plano da resistência. Rondam os 4 milhões de indivíduos e ocupam um território de cerca de 200 mil quilómetros quadrados, no Norte do país.

Formam um povo único, embora com diversos grupos e subgrupos, que têm em comum a língua banta e os modelos de organização da vida social e cultural.

  São na sua maioria, islamisados (principalmente os Macuas costeiros), ficaram conhecidos por entregar aos Suahilis e aos Portugueses, seus inimigos como escravos.

 Esses agricultores sem estados mostraram ser inimigos difíceis para os que queriam forçá-los. O termo “Macua” tinha frequentemente um certo significado de desprezo. Com efeito na linguagem corrente, M’ Makhuwa significa aquele que é selvagem, aquele que come ratos, aquele que anda nú. M’ Makhwa significa também aquele que vem do interior do país (do mato).

Mas, anterior ao período de colonização, havia uma outra conotação para nome Macua, “aquele que guarda secredos”, pois eles ocultavam aos outros tudo o que se passava no seu lar ou na sua comunidade. A própria criança era ensinada a manter segredo (OKUA) perante as perguntas dos curiosos. A ideia generalizou-se e, ao longo do tempo, os outros povos começaram a tratar este povo por MAKUA, o povo dos segredos.

 A sua “submissão” aos colonos portugueses foi mais aparente que real. Eles defendiam-se, a seu modo, numa passividade que era mais uma resistência silênciosa do que rendição. E foram várias as formas de resistência. A primeira foi a fuga. De 1950 a 1970, cerca de 60 por cento dos macuas mudaram de território, para fugirem ao trabalho obrigatório, em péssimas condições, imposto pelo Governo português.

A sabotagem foi outra. Assim, eles faziam as tarefas de que eram incumbidos sem se esforçarem, queimavam as sementes para prejudicarem a produção, faltavam ao trabalho sempre que podiam... Por isso, para os colonos portugueses, eles tinham fama de preguiçosos.

Mas os macuas dispunham de uma arma ainda mais subtil contra o domínio estrangeiro: o sarcasmo. Com o tempo, a sua linguagem foi-se enriquecendo com provérbios e cânticos novos, difíceis de entender pelos portugueses. Era assim que zombavam dos dominadores e dos chefes locais que se lhes vendiam. Porque «o branco é como o fogo. Quem lhe toca queima-se».


A própria mulher que mantivera relações com os brancos, e que por isso se julgava superior às outras, também não era poupada. Porque «Deus criou o branco e também o negro. Mas o “café com leite” quem o fez foi o português». Assim desprezavam os mestiços, que ainda hoje são minoria em Moçambique. Negros casam-se com negros, indianos com indianos, chineses com chineses, brancos com brancos.



sábado, 14 de janeiro de 2012

Novos Desafios



Estamos muito felizes por mais um ano aqui em Moçambique. Muitos desafios, vitorias sempre, pois o nosso Deus esta conosco e nos faz mais do que vencedores.

Neste ano, por circunstancias como o deserto que a familia do Cesinha passou, acidentes com obreiros que estavam sobre nossa supervisão, e problemas de saúde na nossa própria família, fizemos menos viagens ao interior do país. Mas, nesses últimos 3 meses, as portas foram apertas e conseguimos fazer 14 viagens  a cidades próximas e também para outras províncias, fortalecendo as igrejas e encorajando as lideranças locais de quase todos os trabalhos que apoiamos no Norte de Moçambique.

Sabemos que nada disso seria possível sem o seu apoio, contribuição e oração, por isso queremos compartilhar com vcs alguns desses momentos em fotos. Na certeza de que "tal qual a parte dos que desceram a peleja, tal será a parte dos que ficaram com a bagagem". O galardão é seu também. Cada vida alcançada, cada igreja implantada, cada Bíblia distribuída, cada momento de louvor e adoração entoado... tem sua participação. Obrigado por fazer parte da História escrita por Deus através de nossa vidas!

 Novos desafios e necessidades: 
  • um bagageiro para transporte do equipamento de som e gerador nas viagens (1.500 reais).
  • um de jogo de luzes para iluminação  nos trabalhos a noite (500 reais).
  • combustível para as viagens de evangelismo e supervisão das igrejas nos distritos (1.000 reais por mês).
  • sua oração (não tem preço!)

BANCO HSBC
AG 1750
CC 08943-31



sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Bem Vindos a Angoshe


Com os pastores: Beethoven, Gláucia, Luciney, Elizangela, Patrício e Maria.
Angoshe ou Angoche é uma cidade da província de Nampula, no Norte de Moçambique, sede do distrito com o mesmo nome. Tem limite, ao norte com o distrito de Mogincua, a noroeste com o distrito de Nametil, a sudoeste com o distrito de Moma e a este com o Oceano Índico.
Partimos da cidade de Nampula em direção a Angoshe, cerca de 200 Km, no  litoral. Além da área continental, em seu território está incluído um total de 17 ilhas. O povo predominante que habita essa região é o povo Coti. Sua língua difere do Macua, pois eles têm uma forte influência árabe; algumas palavras Cotis são literalmente “emprestadas” do idioma Árabe. Por isso, também, é uma religião de maioria muçulmana.
A cidade tem uma boa estrutura de estradas para chegar até lá, apesar de grande parte do trajeto ser em estrada de chão, mas em boas condições. Á primeira vista da cidade, temos a impressão de estarmos em outra aldeia da África, as pessoas, suas moradias, seu estilo de vida, etc. Mas entrando um pouco mais na cidade nos deparamos com uma mudança de estrutura de moradia, uma cidade bem organizada com amplos casarões, muitos prédios, avenidas e ruas largas e fábricas construídas no período colonial, mas com um detalhe, toda essa estrutura totalmente abandonada, a realidade de uma “cidade fantasma”, totalmente morta e parada; como se fosse um quadro estático e deteriorado de uma época que era produtiva e habitada. Sinais de guerra estampados em suas paredes ainda marcadas a balas e prédios desmoronados...
A primeira palavra que o Espírito Santo trouxe foi:
“ Edificarão os lugares antigamente assolados, restaurarão os de antes destruídos e renovarão as cidades arruinadas, destruídas de geração, em geração.”Isaias 61:4
“...Os teus filhos edificarão as antigas ruínas; levantarás os fundamentos de muitas gerações e serás chamado reparador de brechas e restaurador de veredas PARA QUE O PAIS SE TORNE HABITÁVEL.Isaias 58:12
Mesmo durante o dia podemos perceber que a cidade não tem vida, poucas pessoas nas ruas, poucas crianças, a maioria dos jovens saem para tentar a vida em outras cidades; quase nenhum comercio, não existe supermercados ou lojas, apenas pequenos comercios; o mercado da cidade com pouquíssimos comerciantes e quase nada pra vender. Os próprios moradores nativos da região declaram que Angoshe é uma cidade morta e amaldiçoada.
Apesar do Islamismo ser a religião oficial da região, predomina um sincretismo religioso muito grande com tradições tribais. Os Cotis fazem muito uso dos “espíritos” pra dar direção em suas vidas. Ao longo da viagem vimos muitas casas de feiticeiros, oferendas debaixo das árvores e grupos de pessoas em celebração de rituais. Isso agrava ainda mais a realidade de miséria da cidade.
 Os Coti são considerados um povo ainda não-alcançado. Mas podemos perceber que há muitos muçulmanos nominais, que estão nas mesquitas não por uma convicção, mas por tradição religiosa herdada dos antepassados, e porque nós, como igreja, não temos feito nosso papel de irmos às nações, tribos e povos.

Fizemos evangelismo com projeção do filme Jesus, no bairro de Ingure, um local estratégico, de acordo com o Pr. Inácio, da Comunidade Caminho da Verdade, que trabalha lá a mais de 10 anos, esse bairro é o coração da cidade, pois ali habitam famílias tradicionais que representam os moradores das 17 ilhas ao redor, e fazem frequentemente o trânsito com produtos básicos. Se ganharmos esse lugar, ganhamos a cidade e as ilhas, pois a Palavra de Deus terá transito livre para as ilhas remotas desse litoral, através do testemunho dos locais convertidos.  Ali tivemos a presença de cerca de 600 pessoas, no final depois do apelo, onde várias pessoas fizeram a sua decisão, algo em especial me chamou a atenção: dois jovens me procuraram dizendo-se muçulmanos, o que de fato era verdade, e me perguntaram como eles poderiam conhecer melhor nosso Deus e que desejavam entregar suas vidas a Ele. Os encaminhei ao pastor local para que fossem recebidos como novos convertidos.   Esse é nosso Deus!

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A Alegria do Senhor é a Nossa Força!


Conheça a expressão de louvor e celebração do povo mais feliz da terra!
O povo africano em detrimento ao sofrimento das privações, é um povo festeiro, que sabe adorar a Deus com alaridos e com danças...
 Este CD reúne algumas canções típicas moçambicanas que tem marcado nosso ministério nestes dois anos de trabalho.
Adquira e divulgue. Toda renda será revertida para a obra missionária na África.
Pedidos:
No Brasil: 55 31  3335-9201  ou  9331-6880 
Em Moçambique: 258 8477-93418
Email: aesaborges@hotmail.com

segunda-feira, 27 de junho de 2011

O papel da Mulher na cultura Macua

Os estudiosos garantem que os macuas chegaram à região onde hoje vivem vindos na onda das inúmeras migrações dos povos bantos, por volta do século XI. Mas os macuas não são desse parecer. Eles acreditam que foi Deus quem os criou no monte Namuli, nas margens do rio Zambeze. É o que os pais ensinam aos filhos, empregando numerosas versões para contar como tudo aconteceu. Eis uma delas, conhecida como o mito das origens:

Um dia, nas entranhas profundas do monte Namuli, Deus fez germinar homens a partir das raízes de um embondeiro – a chamada «árvore dos mil anos», imensa.
Reunidos em pequenos grupos e seguidos por animais da floresta, os primeiros macuas conseguiram sair desse reino de trevas e chegar à luz. Uma vez à superfície, cada grupo recebeu um nome, capaz de unir os seus membros e torná-los irmãos uns dos outros. Foi assim que se formaram os clãs que ocupam hoje o território macua.
Um dia apareceu a morte e, com ela, a necessidade do casamento, para gerar filhos que ocupassem o lugar dos mortos de cada grupo. Mas como poderia ser, se todos eram irmãos?
Os anciãos reuniram-se então e tomaram uma decisão: o homem, quando casa, passa a viver com a família da esposa, mas não tem nenhuma autoridade sobre os seus filhos. Só sobre os filhos da sua irmã.

O mito das origens ajuda a explicar a estrutura social macua, que é matrilinear. A criança, quando nasce, passa a integrar o clã materno. Quem exerce a autoridade sobre os filhos é o tio materno mais velho: ele tem direito a intrometer-se na vida da irmã casada e até a censurar a conduta do cunhado, se vir que algo corre mal. O papel do pai é totalmente nulo.

A mulher ocupa o centro da vida familiar: educa os filhos, cuida da casa e prepara a comida. A sua principal tarefa prende-se com a maternidade e para ela é preparada desde pequena. Poder dar à luz traz-lhe prestígio e, assim, o nascimento de uma menina é festejado com alegres ilulu – gritinhos típicos das mulheres macuas. O mesmo não acontece com os rapazes e a mãe costuma mesmo perguntar: «Valeu a pena sofrer tanto?»

Já na vida social a situação da mulher é bem diferente: é marginalizada, ocupando uma posição de inferioridade em relação ao homem. Também executa os trabalhos mais duros, como transportar carregos pesados e moer a mandioca ou o milho. Não tem igualmente voz nas decisões importantes para a comunidade e tem de aceitar calada a poligamia.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Moçambique em Preto e Branco

                        
 By Jonas Bedani

sábado, 21 de maio de 2011

Retratos de Moçambique

 Cassuarina: àrvore centenária na Ilha de Moçambique.

Visão do ìndico no litoral Norte de Moçambique

 A tradicional forma de carregar bagagem.

A montanha cortada, no pôr do sol.

domingo, 15 de maio de 2011

A Luta Contra a Malária


                                                  Pr. Cesinha
Obrigado a todos vocês que tem coberto de carinho e de orações neste momento de luta em relação a saúde do nosso querido irmão Pr. Cesinha.

Peça a Deus que sua recuperação seja completa, sem nenhuma seqüela. Continuem em oração até a vitória final, quando o nome do Senhor será engrandecido e os Seus propósitos cumpridos.



É certo que, a mobilização de oração; a unidade do corpo de Cristo através dos vários ministérios que estão acompanhando, divulgando e torcendo por sua recuperação; a disposição de várias pessoas que mudaram a sua agenda, sua rotina, viajaram, se movimentaram para se fazerem presentes; o clamor coletivo e individual nas orações, jejuns, vigílias, votos e todo tipo de clamor diante de Deus; a manifestação de amor e cuidado nas cartas, e-mails, telefonemas de muitos irmãos que mesmo de longe se mostraram tão perto...Tudo isso aponta para uma obra de Deus em nós! Para um mover soberano e com propósito


Cesinha fez, e mesmo hospitalizado, sedado e entubado continua fazendo missões! Sendo um sinal de avivamento, amor e unidade para nossas vidas.


Reconhecendo cada dia mais que "Dele, por Ele e para Ele são todas as coisas",
Eliz e Luciney (Nampula - Moçambique)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Carta Convite para Visita Missionária no Distrito de Moma


Portador: Pr Ernesto

A carta está digitada tal qual foi escrita pelos irmãos que solicitarem nossa visita para ensinar a Palavra de Deus, e em azul, algumas explicações para que você entenda o conteúdo em sua íntegra:

Moçambique
Moma – Chalaua
Comprimentos,

Moma vos saúdam. Os irmão da direção de Nampula (nós, missionários)
Saudamos em nome do Senhor Jesus e em Rm 16.16
A Igreja acima referenciada tem a honra de ter choro em vossas mãos (forma persuasiva de clamar por nossa visita).
Aqui nós estamos reunidos em dois lugares. Onde há muitos povos. Reunimos por esperança da vossa visita. Estamos fomeatos da Palavra de Deus! ( Temos fome da Palavra). Por isso que foi achentado para vire aqui (foi agendado para virem aqui). O pr Ernesto não pode vire daí socinho sem ter a direção.
Objetivo dos cumprimentos gerais é de a direção vire aqui. Temos choro muito grande por vossa presença! O dia está na nossa agenta é 03 .04.2011. Desculpa a direção nué imperativo não. É um pedido dos filhos. Estamos mal na gracanta sobre a sede de beber Palavra de Deus (estamos mal, com sede na garganta para beber a Palavra...). Pedimos grande misericórdia. Lágrimas vossa...
Nós aqui com grande esperança neste dia 03.04.2011. Os nossos olhos estarám (estarão) abertos. Obrigado. Cordiais saudações. Deus vos abençoes.

Visto por mim,
Agustos Manuelo

E nós não tivemos condição de fazer essa visita. Tivemos que ficar em Nampula dando assistência aos irmãos que sofreram acidente automobilístico com Pr Semente, que aconteceu na mesma ocasião.

“Grande é a Seara e poucos são os trabalhadores.
 Orai pois ao Senhor da seara, para que mande mais trabalhadores para a sua seara”

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Caras e Cores em Moçambique

O olhar curioso de quem é atraído pelo som da adoração...
Dá pausa na lida, e enquanto vê é vista na simplicidade e beleza de sua ação.

No contraste das cores das capulanas moçambicanas com a esteira de palha,
um rosto maroto espalha simpatia...

Essa é "Made in Brasil",
mas está enriquecendo o universo de beleza, cores e contrastes em Moçambique
Água ao sedento e lugar de descanso para os cançados...
 é isso que queremos apresentar povo Moçambicano.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

FIM DA REVOLTA POPULAR

Olá Queridos,

Chegou ao fim a revolta popular em Moçambique, contablilizando 14 mortos e mais de 400 hospitalizados.
As manifestações eram contra o aumento acelerado de ítens básicos como o pão, energia elétrica, combustível e produtos horti-frruti-grangeiros, em contrapartida com os salários que se mantêm em média de 120 reais. De fato, até nós com renda na base de nossa moeda, temos sentido a alta dos preços...
Mas, infelismente junto com os manisfestantes que gritam por uma consciência política, há também os oportunistas, vândalos tribais, saqueadores...


O Sul do país viveu dias de horror, as ruas bloqueadas com pneus, transporte coletivo paralisado, comércio e aeoroportos fechados, lojas saqueadas e constantes confrontos entre policia e manifestantes. Graças a Deus, a violência da revolta não nos alcançou, ficou focalizada mais na capital e redondezas, de onde o Luciney e o Cesinha retornaram uns 15 dias antes da revolta começar.
O Senhor nos cerca com alegres cantos de livramentos!

Chegamos ao fim das manifstações com o preço de alguns íntens reduzidos. Com excessão do combustível, que não pára de subir, alguns produtos de necessidade básica vão continuar na mesa dos moçambicanos, ou melhor nas esteiras e fogão de chão...
Mas é triste ver que para alcançar uma negociação possível, é necessário tantas perdas.
Continuem orando por essa "terra gloriosa",
 ainda tão longe da glória de Deus!

Eliz e Luciney